De Mamíferas para Equilibristas

 

 

 

Elas se conheceram em uma lista virtual de discussão sobre parto humanizado e se consideram mães “alternativas”. As mamíferas Aurea, Renata, Kalu e Deborah (veja o blog:  www.mamiferas.blogspot.com) defendem, incentivam e praticam a humanização no parto e na criação dos filhos, a amamentação exclusiva até 6 meses e prolongada até mais de 2 anos de idade, a comunicação não violenta, o colo, cama compartilhada, entre outras preferências que em geral são caracterizadas por aí como “radicais”.

“Num mundo dominado por chupetas, mamadeiras e cesareanas, sentíamos falta de informações e publicações voltadas para esse estilo de maternagem. Parecia que as publicações que encontrávamos por aí não estimulavam a reflexão, o questionamento, somente passavam adiante modelos com os quais nós definitivamente não nos identificávamos. Nós somos definitivamente mães que pensam, questionam e não só aceitam os modelos impostos. Por isso, resolvemos produzir informações para mães como nós”, conta Aurea, que iniciou o blog em abril de 2008. Os temas são sempre sobre as experiências da maternidade, desde a gravidez, passando pelo parto, pela criação dos filhos, e também do  lado mulher e das inúmeras mudanças que a maternidade proporciona.  

Mensagem das mamíferas sobre sua vida de equilibrista:

“Me considero, sim, uma equilibrista, dividindo meu tempo entre o lado de mãe, de mulher, de profissional, de amiga, de pessoa, ufa! Como é difícil cuidar pra que nenhum pratinho desses se desequilibre! E quando acontece, a gente ainda tem que lidar com uma culpa daquelas!”  mamífera Kathy  (ou Aurea), jornalista e mãe de Samuel (2 anos)

“Durante a gestação consegui trazer meu trabalho para dentro de casa, o que possibilitou amamentar exclusivamente até 6 meses e continuar em livre demanda até hoje. Sempre digo que em meu parto nasceu uma fêmea, um bicho-mãe, cheio de intuição e possibilidade de mudar a equação da falta de tempo. Afinal, o que são este anos iniciais de importância para a vida de um ser humano? É claro que a maioria das mulheres trabalha porque não há outra opção. Mas acredito que uma criança é muito mais feliz quando tem sua mãe por mais tempo perto, do que condições físicas (casa, carro, escola, roupas) para se desenvolver.” mamífera Kalu, jornalista e mãe de Miguel (1 ano)

 

 

 

 

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